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História
do café no mundo
O café veio do
Oriente, não longínquo, mas próximo.
Com ele sucedeu o mesmo que ao cavalo, que durante
muitos anos supôs-se ser a Arábia sua
pátria. Jusileu deu-lhe o nome de “Coffea
Arábica”, mas seu habitat natural é
a Abissínia. Dos seus altiplanos desceu para
o Yemen e de lá para a Arábia Felix,
de onde se espalhou para o mundo, acompanhado de um
rosário de lendas, cada qual mais poética
e encantadora, a de Caldi e suas cabras, e a dos monges,
que dele se utilizavam para dominar o sono e rezar
preces a noite.
A referência
literária mais antiga sobre o café é
encontrada em um livro de viagens de Leonardo Ronwolf,
editado em 1582, em que conta ter visto os turcos
bebendo o que chamavam de “cané”
introduzido na Europa através de Veneza, Marselha
e Londres, onde chegou a ser considerado uma poção
milagrosa.
Desde então,
foram descritos volumes e mais volumes, contra e a
favor do café, pois desde o começo despertou
paixões. Na Inglaterra, houve uma revolução
das mulheres contra o café, por considera-lo
desvirilizador dos homens, entretanto, na mesma época
na Alemanha dizia-se ser o café venenoso para
as mulheres, mas santo remédio para os homens.
O Brasil, como
todo o mundo, terminou por ser conquistado pelo café,
quando o sargento-mor Francisco de Mello Palheta trouxe
as primeiras mudas, vindas da Guiana Francesa, em
1727. Até então, o café aqui
consumido na primeira parte do regime colonial vinha
de Lisboa, que era o grande empório de todas
as mercadorias do oriente.
Desde o início
do século XVIII o café havia passado
às Antilhas e às Guianas. |
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